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  • Foto do escritorRedação

1ª Exposição exclusiva de Francis Bacon está em exposição no MASP até julho

Atualizado: 13 de mai.

"Francis Bacon: a beleza da carne" apresenta de modo pioneiro um foco queer sobre a obra do artista, com 23 pinturas produzidas entre 1947 e 1988.

Divulgação

O pintor irlandês Francis Bacon (1909-1992) foi um dos artistas mais extraordinários do século 20, e esta é a primeira exposição individual no Brasil dedicada à sua obra. Ao criar um conjunto de pinturas tão radical quanto arrebatador, o artista revolucionou o modo de pintar a figura humana. Durante seis décadas, Bacon retratou amigos da boemia e da vida cultural londrina, figuras anônimas que encontrava em bares e seus próprios amantes, com destaque para Peter Lacy e George Dyer, com quem manteve relacionamentos intensos e muitas vezes turbulentos. Ainda que sua obra não possa ser considerada estritamente autobiográfica, ela é carregada de traços de suas experiências pessoais, seus desejos e seus relacionamentos.


A produção de Bacon acompanhou mudanças significativas no contexto social britânico, no qual atos sexuais entre pessoas do mesmo sexo eram ilegais até 1967. Sua obra também foi marcada por uma certa ambiguidade entre a excitação e a violência. Em especial na sua produção a partir dos anos 1950, a presença do erótico e de relações homoafetivas foi pouco a pouco se tornando mais evidente. Seu interesse e seu desejo pelo corpo masculino distinguem-se em um modo próprio de trazer vigor à carnalidade. Francis Bacon: a beleza da carne apresenta de modo pioneiro um foco queer sobre a obra do artista, com 23 pinturas produzidas entre 1947 e 1988. Ainda que esse enquadramento seja notado pela literatura especializada e seja de fato incontornável em qualquer projeto dedicado a Bacon, é a primeira vez em que ele é tomado como referência primordial em uma mostra do artista. 


O subtítulo da exposição provém de uma fala do artista (reproduzida na parede da primeira sala) em uma entrevista ao crítico de arte David Sylvester, realizada em 1966, na qual Bacon expressa sua admiração pela beleza impactante das peças de carne penduradas em um açougue. As palavras de Bacon apontam para certas dualidades que emergem de maneira potente em sua obra: a beleza e o horror, a vida e a morte, a sedução e a destruição, a pintura e o corpo em carne e osso. A mostra integra a programação anual do MASP dedicada às Histórias da diversidade LGBTQIA+. Este ano a programação também inclui mostras de Gran Fury, Mário de Andrade, MASP Renner, Lia D Castro, Catherine Opie, Leonilson, Serigrafistas Queer e a grande coletiva Histórias da diversidade LGBTQIA+.


Francis Bacon: a beleza da carneCuradoria: Adriano Pedrosa, diretor artístico, MASP; Laura Cosendey, curadora assistente, MASP e assistência de Isabela Ferreira Loures, assistente curatorial, MASP.


ACESSIBILIDADE

Em 2024, todas as exposições temporárias do MASP possuem recursos de acessibilidade, com entrada gratuita para pessoas com deficiência e seu acompanhante. São oferecidas visitas em libras ou descritivas; textos e legendas em fonte ampliada e produções audiovisuais em linguagem fácil, com narração, legendagem e interpretação em Libras que descrevem e comentam os espaços e as obras. Os conteúdos podem ser utilizados por pessoas com deficiência, públicos escolares, professores, pessoas não alfabetizadas e interessados. Os conteúdos ficam disponíveis no site e canal do Youtube do museu.

 

Serviço:

Exposição “Francis Bacon: a beleza da carne”MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand

Av. Paulista, 1578Telefone: (11) 3149 5959

Horário de funcionamento:

Terças, das 10h às 20h, com ingressos gratuitos (mediante reserva online)

Quarta a domingo, das 10h às 18h

Ingressos: R$ 70 (inteira) e R$ 35 (meia)

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